A pressa de ser eu mesma
No ritmo da vida real, reflexões sobre desacelerar e chegar mais longe. Ou seria mais perto de si mesma?
Parecia uma maratona, mas era só mais um dia comum, daqueles em que eu acordava cedo para me atrasar com calma. Talvez eu já tenha te contado essa história, mas agora reconto de um ângulo diferente:
Era 2019.
Lembro de deixar as crianças na escola aparentemente tranquila, mas com um um pensamento fixo “tenho apenas 10 minutos antes da primeira reunião do dia”. O berçário da Clara era mais perto do portão, o que facilitava o movimento de saída. Já o Luca, tínhamos que descer uma enorme escadaria.
“Vamos filho, mamãe te dá a mãozinha”, dizia com uma voz doce para camuflar a pressa.
Inteligente como uma criança de 4 anos que capta tudo no olhar, me responde: "Não mamãe, eu já sei descer sozinho, é só sentar no degrau, e ir descendo um por um, bem devagarinho”.
Respira. Aumenta a perspectiva. Perceba a beleza desse momento.
Esse era o mantra.
O trabalho me pedia pressa, mas meus filhos me pediam calma.
Agora é 2024.
Apesar de um contexto bem diferente, ainda acontece:
"Vamos crianças, o café está na mesa, já colocaram a meia? Lavar o nariz é importante. Muito bem! Luca, pare de implicar com sua irmã, Clara, fale mais baixo, ainda é cedo. Pronto, Mattia acordou. Alguém distrai ele enquanto eu preparo as panquecas? Ixi, olha o relógio. Faltam 5 minutos. Sim, mesmo assim tem que escovar os dentes. 3, 2, 1…
Foram incontáveis as vezes que a vida me pediu urgência, rapidez, agilidade.
Da fase corporativa à fase empreendedora. Da fase sem filhos à fase da mãe que trabalha meio período e cuida das crianças ao longo do dia.
E vou te confessar… eu tive resultados atuando assim.
Mas eles só eram sustentados quando eu dava ouvido àquela vozinha tímida, que me lembrava do item mais importante da lista de tarefa: Eu mesma.
O yoga às 18h, quando todo mundo ainda estava com a bunda na cadeira no trabalho.
O horário flexível, quando a prática ainda não era tão comum no escritório.
A consulta médica no meio da tarde, o computador desligado nos finais de semana, e outras atitudes ousadas como essas.
Essa vozinha era tímida, mas no final estava sempre gritando: isso aí, mostra pro mundo quem manda nessa workaholic!
E hoje não é diferente.
Produzir muito é tentador pra mim. Mas eu vim pro digital preparada. Meus longos anos no corporativo, reforçaram a minha âncora de carreira mais forte: estilo de vida.
Mas não se enganem: não foi fácil. O caminho é tudo, menos linear.
Tive que abrir mão de muito, inclusive de algumas crenças que me limitavam. Eu acreditava que sucesso era sinônimo de esgotamento, de noites sem dormir e de sempre dizer 'sim' para tudo e todos. Só quando eu entendi que o meu conceito de sucesso — com espaço para as coisas que realmente importam — era outro, é que a vida começou a fazer sentido.
Um estilo de vida que equilibra o que amo fazer com o tempo que preciso para ser feliz de verdade.
E com isso, sinto um verdadeiro chamado para compartilhar aquilo que foi meu “turning point”, ou, a virada de chave.
Quer trabalhar menos? Aprenda a trabalhar melhor.
Como? Anota aí:
Foque onde você gera mais valor, com menos esforço.
Direção é mais importante que velocidade.
Não negocie os seus valores inegociáveis: estabeleça limites, cuide da sua energia, planeje para o longo prazo e invista em você!
Eu precisei de um plano para fazer nos meus termos.
E na minha próxima imersão, que a propósito estou muito feliz em anunciar (saiu do forno ontem!), vou te mostrar como fazer nos seus termos. No ALINHA, vou compartilhar a linha que conecta você a uma carreira alinhada aos seus valores, que te realiza e te dá a segurança que você precisa para recomeçar - nunca do zero!
Importante: O Lifestyle Talks é meu cantinho de conexão, de escrita livre, de compartilhar reflexões mais íntimas da minha vida com vocês. Aqui não cabe marketing, lembretes, avisos e bônus. Para fazer parte da lista ALINHA, que é meu próximo treinamento de carreira, e receber meus conteúdos educacionais, se cadastre gratuitamente AQUI!
Até semana que vem, turma!
Estava com saudades de te ler, Paty! Com o seu texto me lembrei do “é simples”, que foi o conteúdo que me fez ficar por aqui e te acompanhar. Como profissional de RH amo te ouvir falar da jornada profissional sem neuras, quebrando barreiras e ouvindo o coração 🤍
Que delícia! Tava com saudade de ler seus textos, suas reflexões!!