Quanto vale a sua liberdade?
Uma viagem de última hora, um lançamento importante e os valores por trás das decisões ousadas.
Era sábado, vésperas do lançamento mais importante da minha carreira, e Marcelo me disse: Você topa ir para a França depois de amanhã?
Contexto: Aquela não tinha sido apenas uma semana de lançamento onde eu estava mais ocupada que o normal, dormindo tarde e acordando cedo. Foi também a semana onde todos ficaram doentes, nível antibiótico, revezando entre otites e amigdalites.
O Mattia ficou a semana inteira em casa enquanto íamos nos viramos nos 30 para cuidar de nós, dos pequenos, do trabalho e da casa. Essa última confesso que ficou um pouco de lado.
Mas o Marcelo tinha uma razão especial, por trás desse pedido.
A prima dele, que eu inclusive conheci antes dele, se casou no Brasil e perdemos (das desvantagens de quem mora longe). Mas eles vieram para Europa de lua de mel, e não queríamos perder a chance de vê-los. O plano era encontrá-los em Portofino no sábado, uma pequena praia na Liguria, e voltar no mesmo dia já que era perto.
Mas pelas razões contadas ali em cima, sábado ficou inviável.
Por que não segunda? Me perguntou Marcelo.
A minha resposta mental foi: Como assim porque não? Te dou uma lista: Pós lançamento, crianças em aula, uma casa meio de pernas pro ar, muitas horas de carro para poucos dias. Em que mundo você vive?
[Abrimos as inscrições para Mentorise no domingo, e você deve imaginar que os dias seguintes costumam ser movimentados. Todo nosso foco é em receber novos mentores, liberar os acessos, garantir que o acolhimento seja fluido].
Mas respirei lembrando que ele responderia: No seu mundo, oras, o mundo que existe liberdade e flexibilidade justamente para acomodar nossas aventuras.
O meu próprio diálogo interno, que nunca aconteceu, me convenceu.
Eu sou muito realizada no meu trabalho, mas eu não seria se, mesmo crescendo profissionalmente, eu não tivesse respeitando meus valores mais fortes: família, estilo de vida, flexibilidade, liberdade.
Me permiti pensar, e não demorei muito para topar.
A vontade dele era genuína, se conectava com um valor muito forte que temos, e eu que estava me sentindo ausente da família na última semana, me senti em paz de ter topado esse convite louco em plena segunda-feira.
A flexibilidade que eu me permito hoje diz muito sobre o trabalho que eu escolhi, claro, mas vai além. Eu flexibilizo porque entendo o que está em jogo, e pago o preço que preciso pra ficar mais livre.
Pra aceitar um convite desses eu fiz escolhas. Liberdade tem um preço, e cada um decide o quanto pagar, e se quer pagar.
No Instagram ninguém vê, mas pra topar esse programa de última hora, eu tive que trabalhar do carro, improvisar reunião do trajeto e delegar tarefas importantes, sem deixar que perdessem a qualidade. Mas aproveitei, brindei, descansei.
Busque a liberdade se você estiver disposto a pagar por ela. Sempre vai ter um preço. Já pensou qual é o seu?
A minha liberdade vale:
A oportunidade de ver meus 3 filhos brincando no mar, com a tia que tanto adoram, mesmo que isso signifique trabalhar um pouco depois que eles dormem.
A emoção de poder decidir, da noite pro dia, visitar Nice, essa cidadezinha charmosa na Costa Azul, e constatar que finalmente temos a liberdade geográfica e financeira que sempre sonhamos.
A tranquilidade de voltar para a rotina na quarta-feira (com cara de segunda) sem me sentir ansiosa, porque aprendi a priorizar minhas agendas e focar naquilo que verdadeiramente importa.
E só para não terminar essa texto tão romântico assim… hoje é a apresentação de final de ano da escola das crianças.
A que horas? às 16h.
Na mesma hora de uma super reunião importante que eu tinha.
Remanejamos.
Se não é a vida me testando o tempo todo aquilo que eu mesmo prego… que valor teria?!
É sempre uma escolha. E não escolher é também uma escolha.
Quero te lembrar que liberdade no trabalho é isso. Escolher quando, onde e com quem trabalhar. Eu escolho vocês, para que vocês possam finalmente escolher uma carreira muito mais livre.
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