Tempo: comprar ou gastar?
O tempo gasto que se multiplica e a ilusão de comprar tempo no ritmo frenético do sucesso.
Sabe o tempo extra que você tanto precisa? Você pode comprar.
É, se você gasta 2 horas de ônibus no seu trajeto diário, você pode investir em um carro, e fazer em meia hora.
1:30h compradas, com o dinheiro do seu trabalho, do seu esforço, do seu “sucesso”.
Eu fico me questionando… Para quê?!
Esse raciocínio foi de alguma influente de marketing digital, que o instagram tem me mostrado aos montes desde que fiz esse pequeno ajuste na minha carreira. Que eu nem considero mudança de nicho, e sim mudança de lente. Mas vai explicar isso para o algoritmo…
Mesmo agora, com a missão de ajudar pessoas a alavancarem suas carreiras através da mentoria, eu não abri mão daquilo que vem antes: a essência.
É isso que nos garante o jogo do longo prazo - sem corromper nosso ritmo; sem vender nossa alma para as fórmulas mágicas; sem viver secretamente uma apologia ao burnout.
Tire o sucesso da equação por um minuto (porque ele é relativo) e reflita comigo: Você só vai ser feliz na sua carreira, se respeitar os seus valores, a sua verdadeira identidade.
E isso, não tem nada a ver com o tempo que você compra ou deixa de comprar. Você está usando esse tempo extra para quê?
Para produzir mais, ganhar mais dinheiro, e se sentir mais vazia?
Ou para se permitir SER aquilo que sempre quis?
VIVER nos seus termos?
Escrever o roteiro AUTORAL da sua própria vida?
Hoje é segunda-feira, acordei com pouca energia, ajudei as crianças a preparem seus apetrechos para colônia de férias. Um café da manhã mais industrializado que eu gostaria (alô, tempo que eu comprei pra produzir mais) e levei os 3 de carro, no melhor estilo, mãetorista.
Na volta, fui pensando na minha agenda do dia. E antes mesmo de repassar meu cronograma de trabalho, pensei no yoga que me comprometi a fazer, no cappuccino gostoso que vou preparar, nas mensagens de amigos que estão esperando “meu tempo” faz tempo.
Olhei pro lado, percebi como é linda essa região que eu moro. Cheia de montanhas, castelos, verde, muito verde, que nem um dia nublado como hoje acinzentou.
Dê um lado, a rua larga que eu dirigia. Do outro a ciclovia de madeira.
Nós passamos o primeiro ano de Itália sem carro, apenas com a nossa Bici, apelido italiano carinhoso para bicicleta. “Gastando” sempre meia hora a mais para chegar nos trajetos, e coincidentemente, ganhando muito mais energia e prazer em viver.
Aquele foi um dos anos mais leves e frutíferos das nossas vidas.
Alguma coisa tem aí! - pensei.
Eu gastava mais tempo, e aproveitava ainda mais. Não era uma corrida, era uma jornada. E quanto mais eu gastava esse tempo, mais ele se multiplicava. Em energia.
Eu não esperava o resultado final, mas ser feliz no caminho.
Eram nos dias que eu ia pro mercado, e voltava cheia de sacolas na bicicleta, aparentemente vivendo um perrengue, que eu pensava: como a vida é boa!
Cuidado com o tempo que você compra, ele pode estar te roubando de si.
Coincidentemente (ou não) agora pela manhã, dei um recado pro algorítmo e fui lá no perfil da sucavalli, que sempre me inspira de alguma forma, e me deparei com essa frase:
Não se esqueça: Relacionamentos são construídos nos espaços entre as nossas atividades, quando nada demais está acontecendo.
Eu acrescentaria:
Nossa felicidade também.
No trajeto mais longo, no café da manhã mais demorado, nas refeições preparadas sem pressa, nas conversas mais soltas e cheias de vida.
Nem todo dia precisamos ser práticos, objetivos ou produtivos.
Tem dias que precisamos apenas SER.
Te espero amanhã, 25/06 às 16h de Brasília, ao vivo na masterclass gratuita O MAPA, onde vou te mostrar o caminho, que respeita a sua identidade e essência, para que você possa finalmente compartilhar a sua história e transformar vidas.
Clique AQUI para ativar o lembrete!